Insetos: Principais pragas urbanas em residências

23 novembro 2016
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Em ambientes urbanos, as pragas mais encontradas são: baratas, formigas, moscas e mosquitos, cupins, traças, barbeiros, aranhas, escorpiões, ácaros, morcegos, ratos e pombos.

As populações dessas pragas urbanas são alarmantes e, constantemente, estão associadas direta ou indiretamente a doenças.

Estima-se que, na cidade de São Paulo, existam sete roedores por habitante. Esses animais passam a maior parte do tempo ocultos nas tubulações de esgoto e de drenagem de água da chuva, buscando alimentos em lixos.

Durante os meses de chuva, quando essas galerias ficam inabitáveis, os roedores buscam outros ambientes, invadindo as residências. Seus excrementos, disseminados pelas águas pluviais, passam a contaminar a população em geral, levando leptospirose a todos os ambientes onde a água da chuva, que extravasam dos bueiros, atingir.

Conheça as principais pragas urbanas

Sai, Aedes Aegypt

Muito próximo de cada um de nós, principalmente no verão, está o mosquito Aedes Aegypti ,transmissor da dengue, zika e chikungunya. Os águas empoçadas em quintais, residências e apartamentos, podem ser berçários das larvas, sendo que os adultos alados não respeitam fronteiras, veiculando a doença por onde forem.

Moscas e baratas também se enquadram como vetores de doenças, porém não específicas, mas muito mais associadas a contaminações devido seu hábito de alimentação em ambientes insalubres e, após, trânsito em ambientes domésticos, disseminando contaminantes.

Barata na sua casa?

As baratas domésticas, diferente daquelas que habitam matas, tem comportamento gregário. Normalmente ocultam-se nas cozinhas ou redes de esgoto e movimentam-se durante a noite, buscando alimento, água, parceiros para a cópula e colocando seus ovos. Durante o período diurno permanecem escondidas, frequentemente descansando.

Quando baratas urbanas aparecem durante o dia é sinal de alta população, sendo que é estimado que para cada barata observada, haja cerca de 1.000 escondidas

Baratas podem ser vetores de doenças, tanto na forma mecânica como biológica. No primeiro caso, carregando externamente fungos, bactérias e protozoários entre outros e os depositando por onde passam. No segundo caso, quando são hospedeiros intermediários de vermes. Suas fezes e exúvias podem ocasionar reações alérgicas e deixam cheiro característico repugnante.

Formigas

As formigas são consideradas uma das principais fontes de contaminação em residências e hospitais. Seu trabalho minucioso, muitas vezes discreto, ocasionam grande disseminação de doenças.

Em uma pesquisa realizada em hospitais, 16,5% das formigas coletadas apresentaram relação direta com bactérias patogênicas.
Dentre os males que as formigas podem causar destacam-se as dermatites, disseminação de doenças patogênicas, danos estruturais e, até mesmo a equipamentos elétricos e eletrônicos.

Formigas são insetos sociais, isto é, vivem em colônias de indivíduos adultos (rainha e operárias) e crias (ovos, larvas e pupas). Dentre a população adulta de um ninho de formigas, encontram-se as operárias que tem como função a coleta de alimento e água. No máximo 30% da população adulta atual nessa atividade, assim, os indivíduos que são vistos representam de 5 a 10% do total da colônia.

Como são muito pequenas, conseguem alojar seus ninhos em frestas na cozinha, ou fendas e rachaduras no piso, rodapés e soleiras. São comuns também no interior de dutos elétricos e telefônicos, em tomadas e no interior de aparelhos elétricos e eletrônicos.

Moscas

Com o ciclo de vida muito curto e altamente dependentes de alimento, esses insetos que são cosmopolitas, vivem habitualmente em ambientes domiciliares e na zona urbana ou rural. O tamanho da população local está diretamente correlacionado com a qualidade sanitária do ambiente, sendo detectada com maior abundância em regiões com deficiência na coleta de lixo, criação de animais e acúmulo de material orgânico. Tais resíduos servem de substrato para a deposição de ovos e desenvolvimento das larvas.

Uma característica desses insetos é que para “decidir” se o alimento disponível é apropriado ou não, as moscas se utilizam das extremidades de suas patas, que são dotadas de papilas gustativas capazes de identificar o alimento.
Essa característica faz das moscas importantes veiculadoras de patógenos, pois, pousam em todos os substratos, transportando seus resíduos de um local para outro, passando do lixo para mesa de jantar ou do aterro sanitário para a sobremesa.

Mosquitos

Existem várias espécies que podem ser denominadas mosquitos, sendo as mais comuns chamadas de pernilongos, muriçocas e borrachudos. Estes pertencem à família Culicidae e são caracterizados pela presença de um par asas membranosas, pernas alongadas e aparelho bucal do tipo picador sugador.

São frequentes em regiões tropicais e subtropicais, onde o clima é favorável a seu desenvolvimento e o regime de chuvas proporciona vastos ambientes de desova e desenvolvimento.

Os machos dessa família alimentam-se exclusivamente de soluções açucaradas, como frutas e néctar. Por outro lado, as fêmeas necessitam de sangue, como fonte de proteína, para o amadurecimento dos ovos. Os mosquitos são atraídos pela transpiração e expiração que provocam emissão de CO2, em geral, escolhem pés e tornozelos para obtenção de sangue, pois voam baixo e normalmente atacam de manhã ou ao entardecer.

Cupins

Os cupins são organizados em sociedades. As colônias onde vivem, também chamadas de cupinzeiros, abrigam o rei e a rainha, responsáveis pela ampliação da população; os ovos, operários e soldados, ambos estéreis, são responsáveis respectivamente pela alimentação das outras castas e pela proteção do cupinzeiro.

Em ambientes equilibrados, os cupins participam dos processos ecológicos, atuando na transformação de minerais, de componentes orgânicos, na gêneses do solo, além de servir de alimentos para outras especeis animais. Dentro desse contexto, muitas espécies de cupins foram favorecidas durante o processo de urbanização, e hoje várias delas são agentes potenciais de dano em residências, consumindo madeira, cabos elétricos, plástico, gesso, couro e material têxtil.

Como pragas urbanas, os cupins podem ser classificados em três categorias:

  • Cupins de madeira seca: atacam peças de madeira e seus derivados e vivem diretamente dentro da peça que serve de alimento;
  • Cupins subterrâneos: atacam madeiras e derivados, mas vivem em ninhos construídos fora do alimento, em locais ocultos;
  • Cupins arborícolas: que causam transtorno similares aos dos subterrâneos, porém constroem seus ninhos em suportes elevados e transitam em túneis através do substrato.

Ratos

Ratazanas, ratos de forro e camundongos, para a dona de casa não faz muita diferença sua classificação, já seu incômodo é extremamente relevante. Entretanto, para um combate eficaz aos ratos, é imprescindível reconhecer a espécie e seus hábitos.
Rattus novergicus, conhecido como ratazana, rato de esgoto, rato marrom ou rato da Noruega, vive em tocas no solo, galerias de esgoto e água pluviais. Podem também construir ninhos no interior das estruturas, em locais pouco movimentados e próximos a cursos d’água ou valas e se deslocam através de trilhas até locais de alimentação disponível.

Essa espécie vive em colônias, podendo atingir grandes populações quando há disponibilidade de abrigo e abundância de alimentos.

O rato de telhado ou rato de forro (Rattus rattus) apresenta comportamento bastante distinto da ratazana. Constrói seus ninhos em topos de edificações (forros, telhados ou sótão) e até mesmo em árvores. Essa espécie de rato tem grande habilidade em subir paredes, vigas ou fios e outras estruturas das edificações, graças ao apoio de sua longa cauda.

Já o camundongo (Mus muscullus) é uma espécie de roedor extremamente curiosa, investigando cada novo espaço e estrutura. Acredita-se que um camundongo possa visitar de 20 a 30 espaços em uma noite, em busca de alimento, muito embora seu raio de ação seja de cerca de 3 metros. Este hábito traz sérios problemas de contaminação de alimentos em despensas e depósitos em geral, além de dificultar seu controle.

São animais pequenos, raramente ultrapassam o peso de 25 gramas e 18 centímetros de comprimento (incluindo a cauda) e sua presença passa despercebida dentro dos domicílios, só sendo notados quando sua infestação já estiver estabelecida.

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